O que é o elefante-marinho?
Os elefantes-marinhos (família Phocidae, ordem Pinnipedia) são verdadeiros selos verdadeiros - mamíferos aquáticos sem orelhas externas e com nadadeiras traseiras adaptadas para a natação, embora dificultem sua locomoção em terra.
Existem duas espécies:
- Elefante-marinho-do-norte (Mirounga angustirostris), encontrado ao longo da costa do Pacífico Norte. Adultos machos podem ultrapassar 4,3 m de comprimento e pesar até 2 500 kg; fêmeas chegam a cerca de 3 m e 900 kg.
- Elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina), distribuído em ilhas subantárticas e costa patagônica. Machos podem atingir até 6 m de comprimento e 4 000 kg, enquanto as fêmeas medem em torno de 3 m e chegam a 1 000 kg.
Esses animais são os maiores carnívoros marinhos existentes, passando até 90% da vida submersos e podendo cobrir até 100 km por dia em busca de alimento na “zona crepuscular” dos oceanos (200–1 000 m de profundidade).
Curiosidades surpreendentes sobre o elefante-marinho
- Nome e “probóscide”: os machos desenvolvem um focinho protuberante que lembra uma tromba de elefante — usado em vocalizações altas durante a época de acasalamento e para conservar umidade durante longos períodos em terra.
- Migração épica: podem nadar milhares de quilômetros, atravessando correntes frias e quentes. Alguns estudos sugerem que indivíduos do Atlântico Sul migram desde as colônias argentinas até áreas costeiras mais quentes, possivelmente até o litoral da África do Sul.
- Dimorfismo extremo: machos podem pesar até 10 vezes mais que fêmeas, instituição rara entre pinnípedes.
- Sensores naturais: suas barbatanas e olfato são apurados, ajudando na caça submarina de lulas, peixes e crustáceos.
Por que ele é tão especial?
Imagine encontrar, bem perto de você, um animal que normalmente vive a −2 °C e suporta pressões a mais de 1 000 m de profundidade! Os elefantes-marinhos são:
- Indicadores de saúde dos oceanos: como se alimentam na “zona crepuscular”, sua presença e dieta mostram a qualidade dos estoques de peixes e a temperatura das correntes.
- Protagonistas de ecossistemas polares: controlam populações de presas e servem de fonte de alimento para predadores de topo, como orcas e tubarões.
- Símbolos de resiliência: resistem a longos jejum e gravidade zero durante as longas migrações.
Esse fascínio gera curiosidade e, para quem ama pets exóticos, desperta o desejo de conhecer espécies únicas — mas lembre-se: eles não são animais de estimação! Como veremos, sua observação deve ser sempre responsável.
O avistamento na Bahia: Um caso raro
Em uma frente fria que derrubou a temperatura de Salvador a 27 °C (máxima em 9 de maio) um Elefante-marinho foi flagrado:
- Na praia de Massaranduba: saiu do mar, caminhou na areia e no calçadão, atraindo curiosos que registraram vídeos.
- Em outros municípios da baía: testemunhas relataram aparições em Candeias, São Francisco do Conde e Nazaré das Farinhas.
Especialistas da UFBA identificaram que se tratava de uma fêmea ou filhote macho — sem orelhas externas e sem usar nadadeiras posteriores em terra, características de phocídeos.
“Não é comum, mas já tivemos esse tipo de aparecimento em outras ocasiões, porque animais migram”, explicou o prof. Igor Cruz, do departamento de Oceanografia da UFBA.
Organizações como o Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA), em parceria com o Inema e a COPPA da PM-BA, monitoraram o animal, que apresentava sinais de fadiga e buscava áreas secas para descansar.

Desafios de conservação e como ajudar
Por que devemos nos importar? Essas fugas de casa indicam alterações nas correntes e nas temperaturas oceânicas — reflexos das mudanças climáticas. Para os elefantes-marinhos:
- Estresse térmico: adaptados a águas frias, podem sofrer superaquecimento e desidratação em climas quentes.
- Risco de encalhe e colisões: em áreas urbanas, a presença de lixo e de tráfego aumenta o perigo de lesões.
- Alimentação comprometida: longe das rotas de migração habituais, podem não encontrar presas adequadas.
Como ajudar:
- Não se aproxime — mantenha distância mínima de 30 m para não estressar o animal.
- Acione as autoridades — Inema (telefone: 71 99679-2383) ou IMA, sempre que avistar o elefante-marinho.
- Divulgue boas práticas — compartilhe informações corretas em redes sociais, sem sensacionalismo.
- Apoie organizações — contribua com o IMA e outras ONGs dedicadas à reabilitação de mamíferos marinhos.
Dicas para quem ama pets exóticos e a vida marinha
Embora os elefantes-marinhos não possam (e não devam) ser mantidos em cativeiro doméstico, quem sonha em trabalhar ou interagir com espécies incríveis pode:
- Voluntariar-se em centros de reabilitação — ganhe experiência prática auxiliando no resgate, manejo e cuidados veterinários.
- Estudar Biologia ou Oceanografia — com foco em mamíferos marinhos; cursos técnicos e universitários em instituições como UFBA e UFRJ oferecem especializações.
- Praticar o ecoturismo responsável — ao visitar colônias na Argentina ou África do Sul, escolha operadoras certificadas que respeitem códigos de conduta e compartilhem parte da renda com conservação.
- Levar educação para as redes sociais — produza conteúdo informativo (vídeos, posts, fotos) destacando o papel ecológico dos pinnípedes e alertando sobre ameaças.
Entenda que...
Este avistamento de elefante-marinho na Bahia é um lembrete poderoso de que a natureza não conhece fronteiras e de como as mudanças climáticas podem alterar comportamentos migratórios. Ao entender quem é esse gigante marinho, suas necessidades e fragilidades, somos convidados a agir com respeito e responsabilidade.
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